Daniel Loria, diretor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária, prevê 2025 como um ano a ser marcado por avanços significativos na implementação tecnológica da reforma
Área do Cliente
Notícia
Emprego reage, mas tem o pior semestre dos últimos 10 anos
Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o País criou cerca de 300 mil vagas no primeiro semestre deste ano
01/01/1970 00:00:00
Raquel Landim
O Brasil fechou o primeiro semestre com a criação de mais de 300 mil postos de trabalho com carteira assinada, informou ao Estado o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. É o pior resultado dos últimos 10 anos e está muito abaixo dos 1,36 milhão de novos postos gerados no primeiro semestre de 2008 e mesmo das 561 mil vagas de 2003, quando a economia brasileira cresceu pouco.
Até maio, o saldo entre contratações e demissões estava em 180 mil postos. Em Maceió, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que em junho foram abertos 136 mil novos postos de trabalho. "Em julho, esse número deve aumentar para o desespero da oposição", disse Lula. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) devem ser divulgados amanhã.
O dado de junho ficou abaixo das estimativas dos analistas de mercado de trabalho. "Se confirmado, o número não é um desastre, mas decepcionou", disse Fábio Romão, economista da LCA Consultores. A consultoria projetava a geração de quase 200 mil vagas em junho. Na divulgação do Caged de maio, Lupi chegou a estimar a criação de 350 mil a 400 mil vagas no primeiro semestre.
O ministro não deu detalhes, mas disse que junho deve manter o padrão dos últimos meses, com recuperação mais forte dos serviços e da construção civil, mas estagnação da indústria, que parou de demitir, mas não avançou nas contratações. Até maio, a construção gerou 61 mil vagas, a agropecuária 71,7 mil e os serviços 242,9 mil.
Lupi afirmou que mantém a meta de que o País vai criar 1 milhão de postos de trabalho este ano. "O segundo semestre deve ser muito forte para o emprego. Os setores automotivo e da linha branca batem recorde de vendas graças aos incentivos do governo federal."
Os economistas projetam que a taxa de desemprego no País pode chegar a 8,7% este ano, acima dos 7,9% de 2008, o nível mais baixo desde 2002, quando o IBGE modificou a base de dados. A deterioração do mercado de trabalho vai reduzir a taxa de crescimento da massa salarial de 6,1% em 2008 para 3,1% este ano, conforme a LCA Consultores.
Segundo Romão, a queda é atenuada pela inflação baixa, pelos reajustes do salário mínimo, pela maior renda proporcionada aos beneficiários da Previdência, e pelo Bolsa-Família. "O emprego nos setores de serviço e construção civil foram os pioneiros da recuperação", disse.
Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, explica que a recuperação da economia ainda está muito "desigual". O mercado interno reagiu e os estoques das indústrias foram reduzidos, o que colabora para mais contratações, mas a queda das exportações e o investimento são fatores negativos.
Um levantamento da consultoria apontou que a recuperação do emprego e da renda está concentrada nas pessoas que ganham até um salário mínimo. Acima desse nível, o emprego ainda está em queda. "Voltamos ao padrão de 2006 e 2007", disse. Ele reforçou que a deterioração do emprego industrial colabora para a mudança, porque é o setor que paga melhor.
"A crise ficou com a cara da indústria no Brasil. O comércio e os serviços já retomaram", disse Flávio Castello Branco, gerente da unidade econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ele ressaltou que o crédito foi retomado, o medo do desemprego superado, o que sustenta o comércio e ajuda a indústria, mas o patamar de emprego de 2008 só será retomados em 2010.
Conforme Romão, descontando as influências sazonais, foram criadas 40 mil novas vagas em junho, abaixo das 50 mil de maio. "A confiança foi abalada pela crise e o crédito à pessoa física se recuperou, mas o crédito à pessoa jurídica ainda tem problemas", disse.
A economista-chefe da Rosemberg & Associados, Thaís Zara, disse que a produtividade da indústria - que é a produção por trabalhador - subiu 12% desde o fim do ano, mas está 5% abaixo do ano passado. O número de horas trabalhadas também se mantém abaixo de maio de 2008. Na prática, significa que os funcionários trabalham, em média, menos que no ano passado. "Ainda não é hora de euforia."
COLABOROU RICARDO RODRIGUES
Notícias Técnicas
De 7,6 milhões de aposentados e pensionistas associados a entidades e sindicatos, 1 milhão reclamaram de descontos indevidos, todos foram excluídos
Previc realiza mediação entre participantes do fundo de pensão do extinto banco público de Pernambuco e representantes do Santander
A Receita Federal do Brasil (RFB) orienta os prefeitos quanto às irregularidades no envio de declarações e quanto à possibilidade de pagamento ou parcelamento de eventual dívida.
Encontro híbrido visou orientar operadores de direito e assessores da indústria.
Notícias Empresariais
Publicação, disponível no site do órgão, reúne normas nacionais e internacionais para fortalecer o diálogo social sendo uma ferramenta prática sobre negociações coletivas e mediações trabalhistas no Brasil
É o menor valor para um terceiro trimestre desde o início da série histórica, em 2012. Comparada ao terceiro trimestre de 2023 (7,7%), houve diminuição de 1,3 p.p.
Ela não conseguia novo emprego e pediu indenização por dano pós-contratual
Programa do INSS visa reinserir o trabalhador reabilitado ao mercado de trabalho. Benef´ício é mantido durante a participação do segurado na reabilitação
Equipamentos sem o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo MTE não podem ser classificados como EPIs, mesmo que sejam comercializados ou utilizados com essa finalidade
Notícias Melhores
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)