Alta das taxas cobradas nas operações com cartão de crédito rotativo, e com o cheque especial, acontecem em um cenário de elevação da taxa básica da economia - que voltou a subir no mês passado, atingindo 10,75% ao ano. Dados foram divulgados pelo BC
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BC prevê inflação em queda nos próximos anos
Para 2010, estimativa do BC cai para 5% e, para 2011, é mantida em 4,6%.
01/01/1970 00:00:00
O Banco Central baixou a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano para 5%, e, ao mesmo tempo, manteve a sua projeção para 2011 estável em 4,6%, informou a autoridade monetária nesta quinta-feira (30), por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre.
Já em 2012, a estimativa da autoridade monetária para o IPCA está abaixo de 4,5%. Deste modo, as previsões do BC contemplam uma trajetória de queda para a inflação ao longo dos próximos anos.
O BC utiliza dois cenários para projetar a inflação: o de referência (no qual a taxa de juros é mantida estável em 10,75% ao ano no horizonte de projeção e o câmbio permanece em R$ 1,75 por dólar) e o de mercado - que considera as estimativas dos economistas do mercado para a trajetória de juros e câmbio nos próximos meses.
Cenário de mercado
No chamado "cenário de mercado", que utiliza as projeções dos economistas das instituições financeiras e que, portanto, é considerado mais factível, a projeção do BC para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano caiu de 5,3%, em junho, para 5% no documento divulgado nesta quinta-feira (30). Para 2011, a projeção foi mantida estável em 4,6%. E, em 2012, o BC prevê inflação menor ainda: de 4,3% em doze meses até setembro daquele ano.
Cenário de referência
No chamado "cenário de referência", a projeção do Banco Central para o IPCA passou de 5,4% para 5% em 2010, e recuou de 5% para 4,6% em 2011. Para 2012, a expectativa é de inflação em queda. Em doze meses até setembro de 2012, a estimativa é de um IPCA de 4,4%. Este cenário não considera a expectativa dos economistas do mercado financeiro de subida dos juros por parte do BC. O mercado acredita que os juros subirão para 11,75% ao ano até o fim de 2011.
Metas de inflação
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem de calibrar a taxa de juros para atingir uma meta pré-determinada com base no IPCA. Quando sobe os juros, julga que a expectativa de inflação está incompatível com a trajetória das metas.
Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,50%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Deste modo, a previsão do BC está acima da meta central tanto no cenário de mercado quanto no de referência, para o ano de 2010, mas está ao redor da meta para 2011 e abaixo do objetivo central de 4,5% para 2012. As previsões do BC ainda se encontram dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais (abaixo do teto de 6,5%) em todos os cenários.
Taxa de juros
A estimativa do mercado financeiro é de que o Banco Central mantenha a taxa básica de juros no seu patamar atual de 10,75% ao ano até março do ano que vem, quando o Comitê de Política Monetária (Copom), ainda de acordo com os economistas dos bancos, deve elevar os juros para 11% ao ano. A previsão do mercado financeiro é de que a taxa suba até 11,75% ao ano até o final de 2011.
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