Lote é formado por 221 mil restituições, distribuídas entre contribuintes prioritários e não prioritários; o valor total do crédito é de R$ 558,8 milhões
Área do Cliente
Notícia
Copom mantém taxa de juros em 11% ao ano pela terceira vez seguida
Juro estável foi definido apesar da retração do PIB apontada pelo IBGE
01/01/1970 00:00:00
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou nesta quarta-feira (3) por manter os juros básicos da economia brasileira estáveis em 11% ao ano. Foi a terceira manutenção seguida da taxa Selic, que continua no maior patamar desde o fim de 2011.
A decisão de manter o juro estável era esperada pela maior parte dos analistas do mercado financeiro, que prevê a permanência da taxa neste mesmo patamar até março do próximo ano - quando a estimativa é de que seja elevada para 11,5% ao ano.
Ao fim do encontro, o BC divulgou o seguinte comunicado: "Avaliando a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11,00% a.a., sem viés". Em relação ao comunicado anterior, o Copom retirou apenas a expressão "neste momento" - que estava antes da manutenção da Selic.
Recessão técnica e inflação
Os juros básicos da economia foram mantidos em 11% ao ano apesar da retração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro e segundo trimestres deste ano - quadro que os economistas classificam como "recessão técnica".
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.
Pelo sistema de metas de inflação vigente na economia brasileira, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Para 2014, 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o IPCA, que serve de referência para o sistema brasileiro, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
O governo considera que a meta foi cumprida ou não apenas com base no acumulado em 12 meses até dezembro de cada ano. Em doze meses até julho, o IPCA somou 6,50% - no teto do sistema de metas.
"O IPCA está rodando em 6,5% em 12 meses [até julho]. O BC precisa fazer com que essa inflação passe a convergir para o centro da meta, que é 4,5%. O aumento dos juros para segurar demanda por consumo é um remédio um pouco amargo, mas necessário para que inflação convirja para o centro da meta", avaliou o economista da RC Consultores, Marcel Caparoz.
O que pressiona a inflação
Alex Agostini, economista da Austin Rating, avaliou que os serviços e os chamados preços administrados, como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros, devem continuar pressionando a inflação em 2014 e no ano que vem.
Ele observou que houve "represamento" de algumas políticas públicas, como energia e gasolina, nos últimos meses. "Mexendo nestes dois itens, tem aumento de custo da produção. Os combustíveis [alta de preços] têm efeito em cascata. Reflete no frete para alimentos, roupas, calçados e saúde, entre outros. E a pressão inflacionária por conta de serviços que deve persitir ainda, pois a demanda está relativamente aquecida", acrescentou.
Clima eleitoral
Os analistas também concordaram que o cenário político, sendo esta a última reunião do Copom antes das eleições, contribuiu para afastar a possibilidade um corte nos juros neste momento - apesar do PIB negativo no primeiro e segundo trimestres deste ano. O próximo encontro do Copom está marcado para 28 e 29 de outubro, após o segundo turno - marcado para o dia 26 de outubro.
"Embora existam [pressões], o BC deve estar olhando as projeções e análises internas. E fazer com que a inflação convirja para o centro da meta de 4,5%", disse Caparoz, da RC Consultores, acrescentando que o relaxamento do compulsório já consegue fazer com que os bancos tenham mais recursos para incentivar o crédito. "O juro é uma mensagem muito forte. Se baixar agora, passa uma mensagem de que está sendo pressionado", concluiu.
Agostini lembra que o mercado financeiro tem comemorado, com alta da bolsa e queda do dólar, pesquisas que mostram piora da candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), a presidente Dilma Rousseff, nas intenções de voto. "Imagina se o BC mexe os juros para baixo neste momento em que o mercado sabe que é hora de subir. Joga uma pá de cal na Dilma aos olhos do mercado", afirma.
Notícias Técnicas
Para os beneficiários que se aposentaram a partir de junho deste ano, o 13º salário será creditado em parcela única junto com o benefício
Até o dia 20 de novembro, 87.289 pessoas compareceram ao INSS com a mesma finalidade. O prazo para inscrição ou atualização no CadÚnico é de 30 dias após o pedido de desbloqueio. Se não houver atualização dos dados o benefício será suspenso automaticamente
O recolhimento nos dez primeiros meses de 2024 chegou a R$ 2,182 trilhões, informou a equipe do Fisco em coletiva realizada nesta quinta-feira (21/11)
Para a SDI-2, a situação já estava consolidada, e a alteração não se justificava
Notícias Empresariais
Equipamentos sem o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo MTE não podem ser classificados como EPIs, mesmo que sejam comercializados ou utilizados com essa finalidade
Relatório divulgado nesta quinta-feira (21) sinaliza que o financiamento à economia real voltou a acelerar
MTE lidera discussões com instituições financeiras, órgãos de governo e entidades do terceiro setor para fortalecer o PNMPO
Para a 7ª Turma, o problema afeta toda a comunidade
Linhas de crédito com juros baixo é um dos pontos positivos para o Microempreendedor, entender quais são esses créditos e como eles funcionam é fundamental para o empreendedor
Notícias Melhores
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)