PGFN oferece descontos e prazos para quitação de débitos até Janeiro/2025
Área do Cliente
Notícia
Como a transição energética muda o perfil de profissionais e abre portas para políticas de DE&I nas companhias
A maturidade da gestão de pessoas nos permitiu dar passos importantes
01/01/1970 00:00:00
Contratar e capacitar pessoas são dois desafios enormes em qualquer área. No segmento de energia, contudo, existem razões para esses serem elementos ainda mais basilares para o dia a dia de qualquer companhia. Vivemos globalmente um processo de transição da matriz energética, que foi muito discutido nos últimos meses por causa da COP28. A agenda política e ambiental demanda uma concentração de investimentos em energia renovável, com um processo mais eficiente e tecnológico. Com isso, o perfil de profissionais também tem mudado e vai seguir mudando nos próximos anos.
O texto final da COP28 fala em uma meta global de triplicar a capacidade de energias renováveis, iniciativa central para limitar em 1,5ºC o aquecimento médio do planeta. Segundo um relatório da IEA (Agência Internacional de Energia), as renováveis respondem por apenas 40% da matriz internacional atualmente, mas o investimento em energia limpa chegou a US$ 1,6 trilhão (R$ 7,8 trilhões) em todo o mundo em 2022, alta de 15% em relação ao ano anterior.
O anuário de energia renovável e emprego, publicado pela IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável, em inglês), mostra que em 2022 o setor de energias renováveis abriu mais de 1 milhão de novos empregos (de 12,7 milhões para 13,7 milhões). Em 2012, segundo o documento, essa seara tinha 7,3 milhões de pessoas entre vagas diretas e indiretas. O crescimento tem sido concentrado nos últimos anos.
Há um recorte exemplar na energia eólica. Como mostra o “Global Wind Worforce Outlook”, que faz uma projeção sobre esse segmento específico entre 2023 e 2027, quase 43% dos 574,2 mil técnicos que serão necessários nessa área no próximo quadriênio ainda precisam ser contratados. O estudo também estima que haverá um crescimento maior em operação e manutenção, que devem saltar de 42% para 46% do total de vagas entre 2023 e 2027 (em compensação, haverá uma redução em construção e instalação).
A mudança pode ser acompanhada na AES Brasil, companhia de geração de energia 100% renovável. A empresa dobrou nos últimos seis anos sua capacidade instalada, passando de 2,7 GW exclusivamente hídricos para 5,2 GW distribuídos entre as fontes hídrica, eólica e solar. Até pouco tempo atrás, por exemplo, pouco importava o que um ventólogo fazia. Hoje esse trabalho é imprescindível. É preciso entender quando venta, por que venta, se venta de dia ou à noite, qual a janela de oportunidade para fazer manutenção de máquinas.
O trabalho de quem atua nas usinas é extremamente meticuloso. É quase como uma pessoa que opera uma sala de comando de aeroportos – claro que numa proporção menor de responsabilidade x quantidade. Demanda maturidade, alto conhecimento técnico e o entendimento de muitas especificidades. Por isso, o processo de capacitação e treinamento é central em toda a gestão de pessoas.
Existe, por exemplo, um cálculo muito aprofundado sobre a relação entre o número de máquinas e de técnicos. Eu consigo saber, de acordo com o perfil do ativo, a quantidade e o perfil das pessoas para fazer uma gestão de excelência. Também desenvolvemos em Bauru (SP) um centro que possibilita a operação remota dos ativos na maioria do tempo. Além de padronizar o atendimento, esse espaço acaba funcionando como uma alavanca de competitividade e distribui de uma forma mais estratégica a carga horária da força de trabalho.
A maturidade da gestão de pessoas nos permitiu dar outro passo importante. Em um censo que conduzimos em 2020, descobrimos que a nossa operação tinha 98% de homens e 2% de mulheres. Sabíamos que havia uma diferença grande, mas a pesquisa estampou o número na nossa cara. Claro que ninguém dorme tranquilo com isso, e então nós começamos a trabalhar dentro das possibilidades. Nossa realidade é lidar com uma força de trabalho longeva e com um turnover baixo, e então pensamos que os novos projetos eram uma janela para abordar essa questão. Montamos o discurso de ter o primeiro parque eólico do Brasil operado 100% por mulheres, como é Tucano-BA, e repetimos isso em Cajuína-RN.
Antes de iniciar os projetos, também fizemos um censo nos locais em que os parques seriam instalados. Em Tucano, só havia 2,5% de emprego formal nas cinco cidades que circundam o empreendimento. A nossa abertura de possibilidade praticamente dobrou esse volume.
Claro que há desafios inerentes a esse processo. Temos trabalhado com o SENAI na Bahia e no Rio Grande do Norte para capacitar essas mulheres, conduzindo uma formação que considera a experiência da companhia no setor.
Outro ponto é que a nossa equipe de DE&I tem trabalhado fortemente desde 2020 na preparação do time, falando sobre vieses inconscientes e diferenças. Quando você começa a misturar pessoas, falando de gênero, raça, cultura ou nível social, isso só gera mais questionamentos do status quo.
Nossa experiência ainda é pequena, mas tem sido a melhor possível. Você realmente tem outra ótica, com coisas que não eram questionadas por que eram feitas assim por muito tempo. Programas que não tinham preocupações, como por exemplo o lado feminino sob ótica de violência doméstica, passaram a ter elementos que nunca haviam sido tratados pela companhia, fomentando o pensamento crítico. Acreditamos que projetos como esse vão trazer uma empresa mais inovadora e equilibrada, que vai conseguir ver aspectos que até então não via.
É óbvio que ao longo do tempo o que a gente quer com tudo isso é fazer uma mesclagem destes profissionais. Que eu consiga tirar gente do Nordeste, trazer para São Paulo e vice-versa. Aí sim podemos entrar num ciclo mais equilibrado sob a ótica de gênero. Mas os projetos foram a porta de entrada, e nós já temos visto resultados impactantes disso.
Gostaria que a liderança do setor de energia aproveitasse esse momento de expansão para fazer o mesmo questionamento: como a sua companhia tem aproveitado as novas janelas para desafiar o status quo e criar um time ainda mais diverso e inovador?
Notícias Técnicas
TST firmou tese de observância obrigatória em toda a Justiça do Trabalho
As aplicações de até R$ 1 mil representaram 55,7% das operações de investimento no período
Além dos benefícios oferecidos, instituto responsabiliza judicialmente os agressores
Muitos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desejam fazer empréstimos, mas não sabem como funciona e possuem algumas dúvidas, com isso, viemos explicar como a solicitação desse crédito funciona
Notícias Empresariais
Saiba quais são os direitos e benefícios dos funcionários no final do ano, incluindo 13º salário, férias, PLR e outros adicionais.
Entenda as regras para férias coletivas, prazos, cálculos e como o contador auxilia na gestão, evitando problemas legais e otimizando o processo.
Com o serviço, os investidores mantêm a rentabilidade dos seus ativos enquanto utilizam seus títulos como garantia
Legaltechs e Lawtechs impulsionam a IA no setor jurídico brasileiro, com investimentos de bilhões e foco em agilidade e acessibilidade. Descubra como a tecnologia está transformando o mercado.
Publicação, disponível no site do órgão, reúne normas nacionais e internacionais para fortalecer o diálogo social sendo uma ferramenta prática sobre negociações coletivas e mediações trabalhistas no Brasil
Notícias Melhores
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável