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Sebrae inicia primeira turma do Empretec para refugiados em parceria com a Acnur em Roraima
Turma 112 do Empretec é realizada entre 3 a 8 de junho para 23 participantes no Espaço Serviço Jesuíta à Migrantes e Refugiados em Boa Vista
01/01/1970 00:00:00
A turma 112 do Empretec iniciou de uma forma especial. Esta é a primeira turma realizada para refugiados em Roraima. São 23 participantes que vão fazer uma imersão de conhecimento do empreendedorismo entre os dias 3 a 8 de junho.
O curso ocorre no Espaço Serviço Jesuíta à Migrantes e Refugiados em Boa Vista, com uma parceria da Agência da ONU para Refugiados (Acnur). A abertura da turma contou com a presença da diretoria do Sebrae/RR.
O superintendente do Sebrae, Emerson Baú, destacou que o objetivo deste Empretec é justamente trabalhar o fortalecimento das características empreendedoras dos refugiados para que eles possam ampliar ainda mais as suas características e, com isso, ter a geração de renda para que consigam viver bem, trabalhar e se adaptar a essa nova realidade ao qual eles estão passando.
O estado de Roraima recebe, há alguns anos, refugiados vindos em especial da Venezuela, assim como de outros países, então surgiu a iniciativa junto ao Sebrae Nacional de promover políticas de desenvolvimento para essas pessoas.
Emerson Baú, superintendente do Sebrae
Almir Sá, Diretor de Administração e Finanças, incentivou os participantes a não desistirem de seus sonhos e que o Empretec vai se tornar um divisor de águas na vida de cada um que vai participar ao longo da semana.
O Empretec vai ser muito importante para vocês. Muitas vezes o sucesso só vem se você começa com uma visão muito forte, então aproveitem, pois, Roraima é uma terra de oportunidades.
Almir Sá, Diretor de Administração e Finanças
Já o diretor técnico, Doan Rabelo, reforçou que a ideia é construir uma linda história para os refugiados, assim como ajudar essas pessoas a se tornarem empreendedores incríveis.
Estamos capacitando, treinando e dando condições intelectuais para que os nossos empreendedores possam estar cada vez mais fortalecidos e estar cada vez mais preparados para um mercado que é tão competitivo, o que gera emprego, renda e desenvolvimento para o estado de Roraima.
Doan Rabelo, diretor técnico
O Empretec é feito de parcerias
Em parceria com a Acnur, o Empretec para Refugiados está sendo realizado no Espaço Serviço Jesuíta à Migrantes e Refugiados, instalado na Comunidade Católica São Bento. A representante do espaço, Thaísa Freitas, explicou que foi realizado um levantamento de imigrantes e/ou refugiados que possuem algum tipo de empreendedorismo para selecionar parte dos alunos da turma.
“O Espaço dos Jesuítas e a Acnur são parceiros e sempre fazemos atividades em conjunto. Uma delas é esta capacitação, com o apoio do Sebrae Roraima. Estamos com uma expectativa bem alta para os nossos empreendedores, levando em consideração o crescimento deles tanto profissional quanto pessoal. Depois desse seminário, eu acredito que todos vão estar cada vez mais tendo êxito nos seus empreendimentos, reforçou.
A assistente sênior de soluções duradouras da Acnur, Maria Carolina, explicou que a Agência trabalha com dois pilares, que são o de emergência e o de integração, que é manter a vida sustentável para os refugiados que chegam na região. “Sabemos que os estrangeiros podem trazer diversidade nos produtos que são oferecidos. Então estabelecer essa parceria e fortalecer os nossos empreendedores refugiados é um dos objetivos de trabalho da Acnur em Roraima”, destacou.
Para a gerente da Unidade de Soluções e Relacionamento do Sebrae, Noelea Sousa, este é um momento de desafios e de superação, além de uma forma de colocar em prática os negócios dos participantes.
“Aproveitem essa metodologia que vai transformar negócios, mas também transformar vidas. A partir do momento que empreendedores têm o conhecimento, se encontram com o Empretec, eles têm uma oportunidade de fazer a diferença”, disse.
Empretecos da turma 112
Ao todo, a turma 112 tem 23 participantes da Venezuela incluindo indígenas da etnia E’ñepa, Haiti, Paraguai e, também, alguns brasileiros, em especial indígenas da etnia Warao.
Uma dessas pessoas é a venezuelana Adrianny Vidalina que atua com artesanato desde os 8 anos de idade, por meio de ensinamentos da mãe e da avó. Atualmente, ela utiliza palmeiras de buritis para confeccionar bolsas, cintos, pulseiras, cestos e outros acessórios.
Quero, com o Empretec, adquirir mais conhecimento para divulgar meu trabalho não somente no estado, mas no restante do país.
Venezuelana Adrianny Vidalina
A venezuelana Oldice Nunes já atua em outro segmento: há dois anos ela produz bolos personalizados em Roraima, mas já trabalhava com isso muito antes na Venezuela.
Quero aprender a deixar o medo. Trabalho em casa e meu sonho é abrir um ponto para receber os clientes, mas não avanço por sentir um grande receio. Então o Empretec será um meio de me fortalecer e expandir o meu negócio.
Venezuelana Oldice Nunes
Para aplicar a metodologia Empretec, o Sebrae conta com os facilitadores Nirval Brito de Queiroz, de Roraima, e Celson Oliveira do Amazonas. “Nossa expectativa principal é fazer com que essas pessoas identifiquem os seus perfis empreendedores, identifiquem que, independentemente do lugar que elas estejam, elas podem colocar esse perfil para desenvolver negócios, desenvolver pessoas, para gerar desenvolvimento renda, ou seja, para criar progresso, independente do lugar que elas estejam”, pontuou Celson.
O que é o Empretec?
O Empretec é um seminário de imersão onde trabalha práticas vivenciais. Durante os seis dias, o participante tem a oportunidade de viver na prática o dia a dia de uma empresa, seguindo a metodologia de 10 comportamentos de sucesso, que são comportamentos voltados para planejamento, poder e realização.
A metodologia foi criada pelas Nações Unidas, é realizada em 41 países e no Brasil é desenvolvida com exclusividade pelo Sebrae. Em Roraima desde 1997, o Empretec já formou mais 2.500 alunos nas 111 turmas já finalizadas.
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