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IA revoluciona setor jurídico no Brasil com investimentos bilionários
Legaltechs e Lawtechs impulsionam a IA no setor jurídico brasileiro, com investimentos de bilhões e foco em agilidade e acessibilidade. Descubra como a tecnologia está transformando o mercado.
01/01/1970 00:00:00
Você já imaginou que advogados poderiam contar com a ajuda de algoritmos para analisar pilhas de documentos jurídicos em segundos? A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando o setor jurídico — e o Brasil não quer ficar para trás. Dados da pesquisa do IT Forum Inteligência, de 2024, mostram que 43% das empresas brasileiras planejam investir em IA nos próximos 12 meses, enquanto 36% já deram os primeiros passos. O potencial da IA para transformar a forma como trabalhamos é inegável: o IDC Worldwide Artificial Intelligence Spending Guide projeta que o investimento global em IA ultrapasse os US$ 200 bilhões até 2025.
No Brasil, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, lançado em agosto, prevê investimentos de R$ 23 bilhões nos próximos quatro anos. A meta é posicionar o país entre as principais referências globais no uso de IA, com aplicações que vão desde diagnósticos médicos até a análise de dados complexos, como processos judiciais.
Como as Legaltechs e Lawtechs estão mudando o jogo
Legaltechs e Lawtechs, startups que desenvolvem soluções tecnológicas para o setor jurídico, estão abrindo caminho para uma nova era de serviços jurídicos mais ágeis, precisos e acessíveis. Elas não apenas automatizam processos, mas também oferecem uma experiência diferenciada ao cliente.
De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), os últimos meses têm sido movimentados no mercado de investimentos em Lawtechs. A NetLex captou R$ 126 milhões, a Bits - Legal Design arrecadou R$ 1,8 milhão, o EasyJur Software Jurídico levantou R$ 1,4 milhão, e a Lexter.ai (YC W22) obteve R$ 16 milhões. No campo das aquisições, a PX Ativos Judiciais comprou a CredValue e a Quantum por R$ 2,3 milhões, e a D4Sign foi adquirida pela Zuchetti por R$ 180 milhões. Além disso, as empresas Softplan e Projuris By Softplan adquiriram a Deeplegal.
Esses investimentos refletem o crescente interesse e as oportunidades no setor de inovação tecnológica no mercado jurídico. A empresa Vela, por exemplo, que investe e gerencia empresas de software de vertical, tem encontrado muitas oportunidades no mercado de tecnologia jurídica no Brasil, e atualmente adquiriram 5 Lawtechs, entre elas estão: Kurier, Aurum, Fácil e LB Soft.
Daniel Marques, Diretor Executivo da AB2L, destaca a importância dessas inovações: “As Legaltechs não apenas transformam a prática jurídica, mas também democratizam o acesso a serviços que antes eram restritos a um número limitado de clientes. Essa mudança tem o potencial de tornar o sistema jurídico mais justo e acessível.”
Daniel também ressalta que “investir em IA não se trata apenas de adquirir tecnologia, mas de adotar soluções práticas e inovadoras que podem transformar o ambiente empresarial e jurídico.” Para ele, as Legaltechs representam uma verdadeira revolução: “Estamos vendo um movimento em que a tecnologia se torna uma parceira essencial no trabalho jurídico. Isso permite que os profissionais se concentrem no que realmente importa: oferecer soluções e orientações estratégicas aos seus clientes.”
O que vem pela frente?
À medida que a adoção da IA cresce, os investimentos nas Legaltechs também devem aumentar. Bancos e estatais já alocaram cerca de R$ 2 bilhões em inteligência artificial no Brasil, conforme a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE). Essa confiança no setor reflete as vastas oportunidades para quem deseja modernizar seus processos jurídicos.
Com a expansão da IA e das Legaltechs, o Brasil caminha para um setor jurídico mais eficiente, acessível e transparente, capaz de atender com maior agilidade e precisão às demandas de uma sociedade cada vez mais digitalizada. De acordo com o levantamento feito pelo Future Market Insights, a valorização desse mercado deve atingir US$ 29,60 bilhões em 2024, com previsão de alcançar o valor de US$ 68,04 bilhões até 2034. Somente no Brasil, desde a criação da AB2L – Associação Brasileira de Lawtechs e LegalTechs em 2017, o número de LegalTechs associadas aumentou mais de 300%.
Fonte: Braun Comunicação Integrada
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