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As (muitas) razões para a queda do dólar
01/01/1970 00:00:00
Em meio ao pânico na virada de ano, parecia que havia um sentido único para o dólar no Brasil – mas nas duas últimas semanas, a moeda americana inverteu a mão.
A cotação fechou hoje a R$ 5,77 – o 12° dia consecutivo de queda, recuo de 6% no ano e o menor preço desde novembro.
A reversão na trajetória começou logo depois da posse de Donald Trump; o dólar voltou a ficar abaixo de R$ 6 em 22 de janeiro.
O que aconteceu? Segundo gestores e tesoureiros ouvidos pelo Brazil Journal, as teses de investimento que vinham mobilizando apostas na continuidade da valorização das ações americanas e no fortalecimento global do dólar – o Trump trade – passaram a ser questionadas nos últimos dias.
Parte do movimento do câmbio no Brasil, portanto, deriva do cenário externo.
Mas houve também razões internas para a diminuição – ainda tímida – da crise de confiança em relação ao País.
“O Governo ‘panicou’ com a alta do dólar, e o Banco Central está agindo para conter uma maior desancoragem das expectativas,” disse um banqueiro.
O problema é que essa pequena trégua no mercado local pode esmorecer o senso de urgência em Brasília em relação a mais medidas fiscais.
“Quando a coisa melhora um pouco, o Governo relaxa,” apontou um executivo da Faria Lima. “A trajetória continuará complicada.”
Abaixo, uma síntese das principais razões apontadas por banqueiros e gestores para a queda recente do dólar – e até onde ela poderá chegar.
‘TRUMP TRADE’ ENFRAQUECIDO
O choque causado pelo sucesso da startup chinesa DeepSeek machucou as ações da Nvidia e reprecificou todas as empresas relacionadas à inteligência artificial.
“Isso foi um ponto de interrogação tremendo; as pessoas passaram a questionar os valuations esticados de alguns papéis,” disse um estrategista.
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Ao mesmo tempo, as guerras tarifárias de Trump, apesar de fortalecerem o dólar no curtíssimo prazo, podem levar a um enfraquecimento das ações americanas.
“As empresas dos EUA têm grande parte de seus lucros no exterior e poderão sofrer retaliações. Não parece ser um risco precificado,” disse um gestor.
“De modo mais amplo, será que a exuberância dos últimos anos não chegou ao fim? Ainda mais agora, com os EUA talvez deixando de ser um parceiro confiável para muitos países,” disse o tesoureiro de um banco internacional. “Haverá uma diversificação.”
A rotação dos investidores contribuiu para a valorização dos ativos em alguns países emergentes no início do ano – e o Brasil foi um dos mais beneficiados.
O EWZ – o ETF da Bolsa brasileira em dólares – disparou 11,5% em janeiro. Foi o melhor desempenho no mês entre as principais Bolsas do mundo. O S&P 500 subiu 2,9%.
O CARREGO FICOU CARO
Os temores de que o Brasil pudesse estar entrando em dominância fiscal – o fenômeno que acontece quando a política monetária perde o poder de ancorar as expectativas – parecem ter sido exagerados.
A forte alta na Selic – que acaba de chegar a 13,25% e deve bater 14,25% na reunião de março do Copom – encarece o custo de carregamento de posições vendidas em real.
Gabriel Galipolo
“O carry começou a bater,” disse um gestor.
“O fiscal não é bom, mas não vai explodir,” disse um banqueiro. “Além disso, o BC está agindo.”
A Selic nas alturas também está pegando na atividade econômica – mais um sinal de que o BC não está totalmente no banco do passageiro e, portanto, o Brasil não vive uma desancoragem similar à ocorrida nos anos Dilma.
“Os juros funcionam sim,” afirmou um economista. “Ainda não dá para falar em dominância fiscal, por mais que exista esse risco.”
O BRASIL ESTAVA MUITO BARATO
No fundo do poço tem um alçapão, diz o ditado.
Sempre haverá risco de novas quedas, mas, para muitos gestores – incluindo aí importantes fundos internacionais – os ativos brasileiros estavam descontados demais para serem ignorados, ainda mais agora com os EUA perdendo um pouco de seu colossal poder de atração.
“Ajuda o fato de a mira de Trump, ao menos por enquanto, não ter sido apontada para o Brasil,” comentou um gestor. “Trump acertou o México na cabeça, acertou o Canadá na cabeça. Mas o Brasil, não. Há investidores montando posições em real contra o peso mexicano, o contrário da tese que vigorou nos últimos anos.”
A evolução do EWZ dá uma dimensão de como o Brasil ficou barato nos últimos meses. Apesar da alta expressiva em janeiro, o índice precisa ainda subir quase 90% para retornar ao nível do início de 2020. O ETF está hoje apenas ligeiramente acima das mínimas históricas atingidas em 2020 – na pandemia – e em 2016, na crise do Governo Dilma.
2026 É LOGO ALI
As pesquisas mais recentes escancararam a queda na aprovação do Governo. Um Lula enfraquecido eleva a probabilidade de mudança no Planalto – um cenário que, dada a hostilidade de Lula a reformas, seria favorável aos ativos brasileiros.
“Milei parece estar dando certo na Argentina, e o Boric deve perder a eleição deste ano no Chile,” disse o executivo de um grande banco. “O zeitgeist parece ter se inclinado para a direita, para governos mais market friendly.”
“As eleições de 2026 já estão sendo antecipadas – algo que normalmente só ocorreria lá para abril do próximo ano,” disse esse executivo. “Quanto vale [no preço dos ativos] uma transição para alguém como Tarcísio? Vale muito.”
Todos esses fatores externos e locais contribuíram para a devolução de boa parte da esticada do dólar – mas daqui para frente, não é óbvio que o movimento de descompressão continue.
“O dólar já caiu bastante, foram mais de 50 centavos,” disse um gestor. “Agora, muito dependerá do que Trump vai fazer e dos efeitos a médio prazo.”
As políticas de Trump também trazem incertezas com relação ao cenário inflacionário e mantêm pressionados os juros dos Treasuries, o preço mais importante do mundo.
“Isso dificulta o fechamento da curva de juros no Brasil, além do prêmio fiscal no mercado local,” disse um gestor.
Além do imponderável Trump, há inescapavelmente o imponderável Lula.
“Se o mercado continuar melhorando, o pessoal do Governo vai falar: ‘Tá vendo, a Faria Lima é muito nervosinha. Era tudo especulação’,” disse o executivo de um banco. “Aí, se não tiver uma ajuda externa, piora tudo de novo. É juro e dólar para cima.”
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